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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Escola Dominical

Essa foi a lição do dia 1 de Abril de 2012

Tema: Chaves para a leitura do Apocalipse


Texto Áureo:
"Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João seu servo". Ap.1.1

Verdade Aplicada
O Apocalipse é um livro aberto, cheio de símbolos, profecias, juízos e condenações, mas relevante, majestoso e apoteótico.


Objetivos da lição:
  • Introduzir de modo proveitoso e prazeroso o estudo do Apocalipse.
  • Oferecer informação e identificação correta de personagens e fatos do Apocalipse.
  • Corrigir possíveis erros de interpretação.

Texto de referência
Ap. 1.3 - Bem aventurado aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
Ap.1.12 - E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; Ap. 1.13 - E no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até os pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro.
Ap. 1.14 - E a sua cabeça e cabelos eram brancas como a lã branca, como a neve, e os olhos, como chama de fogo;
Ap. 1.15 - E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivesse sido refinado numa fornalha; e a sua voz, como a voz de muitas águas.
Ap. 1.16 - E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.

Introdução:
Bem vindo à Escola Dominical. Neste trimestre vamos nos ocupar com o livro do Apocalipse. Para melhor entendê-lo, nessa primeira lição, vamos estudar a categoria, conteúdo e destino das revelações que o apóstolo João recebeu. Mas também abordaremos o fundamento, propósito e tema principal do livro. E, ainda, ater-nos-emos aos métodos utilizados pela igreja durante sua história. Que o Deus Trino possa ajudá-lo a entender de forma prática as revelações contidas nesse livro.

1. Categoria, conteúdo e destino
Para estudar com proveito este livro, além de crer de todo coração que se trata da palavra de Deus escrita, precisaremos usar as chaves que o abrem à nossa compreensão. Começaremos com o primeiro conjunto: a que categoria literária pertence o Apocalipse, o conteúdo do livro e a quem foi destinado. Portanto, ao estudar o Apocalipse, considere que ele é: 

1.1. Literatura apocalíptica 
É a modalidade literária que se ocupa da escatologia (o término do mundo, o sistema que conhecemos e o começo de um novo ciclo que se estende até o estado eterno). Toda literatura apocalíptica é considerada escatológica.
A palavra apocalipse significa "revelação", que é o ato de tirar o véu, de descobrir, de manifestar o que está oculto A palavra escatologia ( do grego antigo εσχατος "ultimo", mais o sufixo -logia) é uma parte da teologia que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do gênero humano, comumente denominado como fim do mundo. A escatologia se debruça sobre essa revelação e procura relacioná-la aos eventos históricos e descobrir os significados daquelas que ainda aguardam cumprimento. Escatologia é, portanto, o tratado das últimas coisas.

1.2 Conteúdo do Apocalipse
O Apocalipse é um livro aberto em que o Senhor revela Seus planos e propósitos para Sua Igreja. Apesar de falar do futuro, não deve ser encarado apenas como revelação das últimas coisas, mas sobretudo da narrativa de Jesus Cristo  como o Messias vencedor. O Apocalipse é fundamentalmente a revelação de Jesus Cristo (Ap. 1.1) e não apenas, como alguns querem, de acontecimentos futuros. O povo de Deus não pode divorciar a profecia da Pessoa de Jesus Cristo. No entanto, é possível ter uma melhor compreensão quando dividimos o livro basicamente em três sessões: descrições da pessoa de Jesus "Coisas que vistes" (Ap. 1.19), assuntos concernente à igreja "coisas que são" (Ap. 1.19), eventos futuro das nações "coisas que hão de acontecer" (Ap. 1.19).

1.3 Destinado à Igreja
Em primeiro lugar, o livro da Revelação foi endereçado aos crentes que estavam enfrentando o martírio na época do apóstolo João. Naquela ocasião, houve grandes perseguições do império romano contra a Igreja. No entanto, o texto do Apocalipse destina-se a todos os crentes, espalhados durante esta inteira dispensação da graça, que começa com a primeira até a segunda vinda de Cristo a esse mundo. A mensagem é purificadora para o povo de Deus (1Pe 4.17; Ap.1-3)

2. Fundamento, propósito e tema
Vencida esta primeira etapa, lancemos mão de mais três chaves importantíssimas: As bases literárias e proféticas sobre as quais se desenvolveu o Apocalipse, o propósito a que se destina e o tema principal do livro.

2.1. Bases literárias e proféticas
Leis, Escritos e Profecias do Antigo Testamento constituem as bases literárias e proféticas do Apocalipse. Este livro resume e ilumina toda a profecia da Antiga Aliança relacionada á redenção e acrescenta tudo o que Deus quis que a igreja soubesse a respeito dEle mesmo, do processo redentor, dos métodos divinos para redimir, do destino final dos remidos e de tudo o que não quisesse ou não pudesse ser redimido. Além disso, o Apocalipse delineia e revela a trajetória da Igreja bem como sua participação no processo redentor antes e depois do arrebatamento.

2.2. Propósito do Livro
Ele é a revelação de "Jesus Cristo, a qual Deus deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer" (Ap. 1.1). O Apocalipse deve ser lido nas igrejas para que todos tenham conhecimento da profecia. "Felizes os que o leem e os que ouvem e guardam as coisas que neles estão escritas" (Ap. 1.3). O livro de Apocalipse com esta mensagem trata do triunfo de Jesus e de Sua Igreja. Revela a todos que a história da humanidade não caminha para um caos final, nem está dando voltas cíclicas, mas direciona para um final glorioso, a vitória total de Jesus e Sua Igreja.

2.3 O tema principal
Sem dúvida, o tema que mais se evidencia no livro do Apocalipse é a vitória de Jesus e de Sua Igreja sobre o reino das trevas e seu líder maior, Satanás (Ap. 17.14). O Diabo, seus demônios e seus seguidores ímpios perecerão, mas a noiva de Cristo, a Sua Igreja verdadeira, triunfará. A morte, o inferno, o Dragão, a besta, o falso profeta, o sistema do governo deste mundo e os ímpios não vencerão o povo eleito de Deus e seu Cristo. Por isso, Jesus é sempre apresentado como vencedor e conquistador (Ap 1.18; 5.9-14; 6.2; 11.15; 19.9-11; 14.1,14; 15.2-5; 19.16; 20.4; 22.3).

3. Métodos de interpretação
Duranta a história marcante da Igreja de Cristo, surgiram diversos métodos distintos de interpretação do livro do Apocalipse. O primeiro foi o método Preterista, seus intérpretes acreditavam que, em breve, Deus se ergueria de seu trono para abalar o governo das nações perversas, destruir todo o mal e estabelecer o seu Reino na terra. Depois, o método Histórico que encara o Apocalipse como uma profecia simbólica. E por último, o método Futurista que lê o Apocalipse em grande parte como uma profecia de acontecimentos futuros.

3.1. Método preterista 
Essa escola de interpretação acredita que todas as profecias do Apocalipse já aconteceram. Os historiadores dizem que do ponto de vista deles, a Roma Imperial era a besta do capítulo treze e a classe sacerdotal asiática que incentivava o culto a Roma era o falso profeta. Para essa linha, o livro narra apenas as perseguições sofridas pela igreja pelos judeus e imperadores romanos. Naquele tempo antigo, acreditavam que a Igreja estaria ameaçada de extinção, sendo assim, para eles, João escreveu para fortalecera fé dos crentes, pois mesmo com a perseguição acirrada, o Senhor interviria, Jesus voltaria, Roma seria destruída, e o reino de Deus seria completo. Obviamente o Senhor ainda não voltou, Roma não foi derrubada, e o suposto reino de Deus não foi implantado. O livro do Apocalipse, portanto, para esse grupo de intérpretes não possui profecias.

3.2. Método histórico
Os adeptos desse método vê o Apocalipse como profecia simbólica de toda a história da Igreja até a volta de Cristo e o fim dos tempos. Sendo assim, passam a entender o Apocalipse como uma profecia da história do Reino de Deus. Para eles o livro é rico em símbolos, imagens e números. Todavia, uma interpretação assim, poderá incorrer em confusão, porque não há menção clara quanto às quais eventos históricos estariam sendo abordados. Essa corrente pensa que a besta é o papado romano e o falso profeta a Igreja de Roma.

3.3. Método futurista
Segundo o teólogo pentecostal, Antônio Gilberto, o futurista é o que imagina o livro do Apocalipse como de cumprimento futuro, considera que a Igreja será arrebatada a qualquer momento à semelhança de João, vindo a seguir a Grande Tribulação para Israel e as demais nações da terra; com os juízos divinos sob as trombetas, selos e taças da ira de Deus (Ap 6-18). Depois de sete anos (Grande Tribulação), acontecerá o retorno de Jesus com sua Igreja para pelejar e derrotar o Anticristo e seus exércitos; livrar com isso Israel e estabelecer o seu reino literal milenar (Ap 20). No término desse reino, Satanás será solto e seduzirá as nações para uma última peleja contra o povo de Deus e seu Cristo (Ap 20.7-10). Satanás será derrotado e lançado no lago de fogo preparado para ele e seus anjos (Mt. 25.41; Ap. 20.10). Em seguida a esses eventos, o Grande Trono Branco definirá a eternidade da humanidade sem Cristo (Ap. 20.11-15), porque os santos já foram resgatados pelo sangue do Cordeiro de Deus. Há, entre os futuristas, alguns que ensinam que a Igreja passará a Grande Tribulação, ignorando eles o que diz a Palavra de Deus (Ap. 3.10; 1 Ts. 1.10; Rm. 5.9).
O ponto de vista futurista se dividiu em duas linhas de interpretação; o pré-milenista histórico, ou pré-milenista dispensacionalista. O futurista histórico acredita que não há diferença entre Israel e Igreja, e a igreja passa a grande tribulação sendo salva no final. Não entendem as sete cartas como sete períodos da Igreja. O futurista dispensacionalista entende que há diferença entre Israel, Igreja e gentios nas profecias bíblicas (1Co. 10.32), tendo, na Palavra de Deus uma profecia definida para cada um desses três grupos. Diferentemente, do futurista histórico, o dispensacionalista crê que a Igreja não passará a Grande Tribulação, pois será arrebatada secretamente antes que ela aconteça (1Co. 15.52). E, ainda, vê as sete cartas como sete tipos de igreja que tem existido na história. Éfeso: apostólica, trabalhava arduamente; Esmirna: perseguida; pérgamo: imperial; Tiatira: corrupta da Idade Média; Sardes: da reforma, boa doutrina, mas pouco fervor espiritual; Filadélfia: reavivamentos; Laodicéia: morna por causa da apostasia e prosperidade. Mas os dois acreditam que o propósito do livro é descrever a consumação do propósito redentor de Deus no fim dos tempos.

Conclusão
No estudo das demais lições, essas chaves serão usadas. Os tipos e antitípos apontados, os símbolos aplicados e as figuras desvendadas até onde Deus permitir.







Escola dominical

Você que lê meu blog sabe que sou superintendente da escola dominical, por esse motivo, semanalmente estarei escrevendo algo sobre a lição de estudo.
Aqui está um resumo da lição desse 2º trimestre de 2012


Revista - Jovens e Adultos
O Apocalipse instiga a imaginação e o intelecto para a vitalidade e relevância da palavra final sobre as Escrituras.
Dos cinco sentidos, a audição é central no Apocalipse. “Aquele que tem ouvidos, ouça”! A mensagem proclamada pressupõe a habilidade de ouvir. Então, não se trata do que ouvir. Não importa o que ouvir, mas sim, estabelecer a assonância à voz de Deus no ouvido humano. A intenção desse livro é fazer com que Deus e a humanidade voltem a ser conectados se baseando no que eles ouvem.
É o livro do Apocalipse, que apresenta a declaração enfática do Espírito Santo, no sentido de que as palavras escritas só cumprem sua função quando as ouvimos, e seu objetivo se realiza, quando se entende com clareza, em um ato pessoal de vontade precisa e eficaz.
Todavia, o ataque mais sutil e mais constante aos que andam com Deus se dá por meio da subversão da Palavra de Deus. Satanás tem, durante a história dos homens e mulheres no mundo, tentado distorcer o que se ouve da parte de Deus. Mas no Apocalipse o Diabo é desmascarado.
É preciso termos cuidado com o que ouvimos. A história está repleta de casos nos quais as palavras, após serem escritas, perderam o seu poder de mensagem precisa e se transformaram em substantivos classificados, verbos analisados, adjetivos admirados e advérbios discutidos. A Bíblia não escapou desse destino. Para se ouvir a voz de Deus, não basta apenas ter conhecimento amplo e meticuloso do texto. Não podemos isolar o texto da capacidade humana de ouvir, pois é o que leva à fé, ao companheirismo e ao amor.
Que Deus ajude a vocês meus caros irmãos, a ouvir a Palavra do Senhor nas lições escritas nesse trimestre. Que o Espírito Santo lhes impulsione a cumprir aquilo que de fato vocês ouvirem da parte de Deus.

2º Trimestre de 2012

Fonte: