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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Pr. Policarpo e a Glória da Fogueira.




Paz, queridos!

Hoje veremos a história de Policarpo, um velho bispo de Esmirna que após ser preso e condenado por ser cristão, não apostatou da fé e morreu por amor a Cristo.
As vezes eu fico pensando e me pergunto: Se tamanha perseguição chegasse até nós, manteríamos firmes nossa fé em Deus?
Vejamos então o que aconteceu com Policarpo de Esmirna...

Nascido em uma família cristã por volta dos anos 70, na Ásia Menor (atual Turquia), Policarpo dizia ser discípulo do apóstolo João. Em sua juventude costumava se sentar aos pés do apóstolo do amor. Também teve a oportunidade de conhecer Ireneu, o mais importante erudito cristão do final do segundo século. Inácio de Antioquia, em seu trajeto para o martírio romano em 116, escreveu cartas para Policarpo e para a igreja de Esmirna.

Policarpo foi ordenado bispo de Esmirna pelo próprio apóstolo João. De caráter reto, de alto saber, amor a Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente. 
Com a perseguição, Policarpo, o venerável bispo de Esmirna, ocultou-se ao ouvir que estavam procurando-o, mas foi descoberto por uma criança. Depois de dar comida aos guardas que o haviam prendido, pediu-lhes uma hora de oração, o que lhe foi permitido, e orou com tal fervor que os guardas que o haviam prendido lamentaram tê-lo feito. No caminho de volta a Esmirna, o chefe da guarda tentou argumentar com Policarpo: "Que problema há em dizer 'César é senhor' e acender incenso?"
Policarpo calmamente disse que não faria isso. Então, levaram-no ante o pró-cônsul, e foi condenado a ser queimado na praça do mercado.

O pró-cônsul o pressionou, dizendo: "Respeito sua idade, velho senhor! Jura, e dar-te-ei a liberdade: blasfema contra Cristo".

Policarpo respondeu-lhe: "Durante oitenta e seis anos tenho servido a Ele, e nunca me fez mal algum: Como iria eu blasfemar contra meu Rei, que me salvou?" 

Na arena, a argumentação continuava entre o bispo e o pró-cônsul. Em certo momento, Policarpo admoestou seu inquisidor: "Se você finge que não sabe quem sou, ouça bem: sou um cristão. Se você quer aprender sobre o cristianismo, separe um dia e me conceda uma audiência". O pró-cônsul ameaçou jogá-lo às feras. 
Policarpo disse: "Pois chame-as. Se isto fosse uma mudança do mal para o bem, eu a consideraria, mas não posso admitir uma mudança do melhor para o pior". 

Ameaçado pelo fogo, Policarpo reagiu: "Seu fogo poderá queimar por uma hora, mas depois se extinguirá; mas o fogo do julgamento por vir é eterno". 
Por fim, anunciou-se que Policarpo não se retrataria. O povo de Esmirna gritou: "Este é o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nossos deuses, que ensina o povo a não sacrificar e a não adorar!"

O pró-cônsul ordenou que o bispo fosse queimado. 

Na estaca foi somente amarrado, e não pregado segundo o costume, porque assegurou-lhes que ia ficar imóvel; ao acender-se a fogueira, as chamas rodearam seu corpo, como um arco, sem tocá-lo; então deram ordem ao carrasco para transpassá-lo com sua espada, com o qual manou tal quantidade de sangue que apagou o fogo. Não obstante se deu ordem, por instigação dos inimigos do Evangelho, especialmente os judeus, que seu corpo fosse consumido na fogueira, e a petição de seus amigos, que desejavam dar-lhe cristã sepultura, foi rejeitada. Contudo, recolheram seus ossos e o tanto de seus membros como puderam, e os enterraram decentemente.

Nos 150 anos seguintes, à medida que centenas de outros mártires caminharam fielmente para a morte, muitos foram fortalecidos pelos relatos do testemunho fiel do bispo Policarpo de Esmirna.