"Deus é amor" pode ser uma tautologia para os serafins, mas não para os homens.
Se você ainda não notou que o sol nasce do lado do oriente, não irá admirar-se se um dia ele se levantar no ocidente.
Cristo não morreu pelos homens por serem eles intrinsecamente dignos dessa morte, mas por que Ele era intrinsecamente amor, e, portanto ama infinitamente. E, afinal de contas, o que o tamanho de um mundo ou de uma criatura nos diz sobre a sua "importância" ou valor?
Ele é então justo e não amoral; criativo e não inerte. Os escritos hebraicos observam aqui um equilíbrio admirável. Uma vez Deus disse simplesmente EU SOU, proclamando o mistério da autoexistência, mas vezes sem conta Ele disse, "Sou o Senhor", Eu, o Fato último, tenho este caráter determinado e não aquele. E os homens são exortados a "conhecerem o Senhor", a fim de descobrir e provar este caráter particular.
Ele está tão pleno de existência que pode distribuí-la, pode provocar a existência de coisas, e ser realmente outra coisa além de si mesmo, pode tomar uma inverdade a afirmação de que Ele é tudo.
Ele não pode ser afetado pelo amor, porque Ele é amor. Imaginar esse amor como algo menos torrencial ou menos agudo do que nossas próprias "paixões" temporárias e derivadas, é uma fantasia das mais desastrosas.
O céu é o seu trono, não o seu veículo; a terra o estrado dos seus pés, não a sua vestimenta. Um dia ele irá desmantelar ambos e fazer um novo céu e nova terra. Ele não deve nem mesmo ser identificado com a "faísca divina" no homem, pois é Deus e não homem. Seus pensamentos não são os nossos toda a nossa retidão não passa de trapos imundos.
Quanto maior o pecado, tanto maior a misericórdia. quanto mais profunda a morte mais brilhante a ressurreição.
Todas as orações são ouvidas, mas nem todas atendidas.
Quando o evento oposto ocorre, sua oração não foi ignorada, mas considerada e recusada, para o seu bem final e para o bem de todo o universo.