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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Aliviando a bagagem - Max Lucado - 7º Capítulo - Lá fora é uma selva


7 - Lá Fora É uma Selva

O Fardo do Desespero


Refrigera a minha alma...

Salmos 23.3
Pergunto-me se você pode imaginar a si mesmo numa selva.

Uma densa selva. Uma selva escura. Seus amigos o convenceram de que era tempo para uma daquelas raras viagens da vida, e aqui está você. Você pagou a passagem.

Você cruzou o oceano. Você alugou o guia e juntou-se ao grupo. E você aventurou-se onde nunca antes se aventurara - no profundo e estranho mundo de uma selva.

Parece interessante? Vamos dar um passo adiante.

Imagine que você está na selva, perdido e sozinho. Você parou a fim de amarrar os cordões da bota, e quando levantou os olhos, não havia ninguém por perto. Você arriscou e foi para a direita; agora está se perguntando se os outros não foram para a esquerda (Ou você foi à esquerda, e eles à direita?).

De qualquer modo, você está sozinho. E você tem estado sozinho por... bem, você não sabe quanto tempo se passou.

Seu relógio estava na sua mochila, e a sua mochila estava nos ombros do gentil rapaz de Nova Jersey, que voluntariamente a segurou enquanto você amarrava as botas. Você não pretendia que ele a carregasse, mas ele o fez. E aqui está você, emperrado no meio de lugar nenhum.

Você tem um problema. Primeiro, você não foi feito para este lugar. Deixassem você num centro de avenidas e edifícios, e você poderia farejar o caminho de casa. Mas aqui, nestes altos blocos de folhagem? Aqui nestas trilhas escondidas por entre o mato? Você está fora de seu elemento. Você não foi feito para esta selva.

E o que é pior: você não está equipado. Você não tem facão. Não tem faca. Não tem fósforo. Não tem luz. Não tem comida. Você não está equipado, mas acha-se numa armadilha - e não tem a menor idéia de como sair.

Parece-lhe divertido? Nem para mim. Antes de prosseguir, façamos uma pausa e indaguemos como você se sentiria. Em tais circunstâncias, que emoções viriam à tona? Com que pensamentos você lutaria?

Medo? Claro que sim.
Ansiedade? No mínimo.
Raiva? Posso entender isto (Você gostaria de pôr as mãos naquela gente que o convenceu a fazer esta viagem).

Porém, acima de tudo, e quanto ao desespero? Nenhuma idéia de para onde se voltar. Nenhuma intuição do que fazer. Quem poderia culpar você por sentar-se num toco (melhor checar primeiro se não há cobras), enterrar o rosto nas mãos e pensar, Nunca sairei daqui? Você não possui direção, nem equipamento, nem esperança.

Você pode congelar esta emoção por um momento? Você pode perceber, por um segundo apenas, como é sentir-se fora de seu elemento? Sem soluções? Sem idéias ou energia? Você pode imaginar, apenas por um momento, como é se sentir sem esperanças?

Se você pode, poderá relacionar-se com muitas pessoas neste mundo.

Para muita gente, a vida é... bem, a vida é igual a uma selva. Não uma selva de árvores e feras. Fosse assim seria simples. Fosse assim, nossas selvas poderiam ser cortadas com um facão, e nossos adversários, capturados numa gaiola. No entanto, as nossas selvas compreendem as mais densas moitas de saúde enfraquecida, corações partidos, e carteiras vazias.

Nossas florestas são constituídas de paredes de hospital e tribunais de divórcio. Não escutamos o gorjear dos pássaros ou o rosnar dos leões, mas ouvimos as reclamações dos vizinhos e as exigências dos patrões.

Nossos predadores são os nossos credores, e os ramos que nos cercam são as agitações que nos exaurem.

Lá fora é uma selva.

E para alguns, mesmo para muitos, o suprimento de esperança é pequeno. O desespero é um fardo excedente. Ao contrário dos outros, ele não é cheio. É vazio, e a sua vacuidade produz o peso.

Abra o zíper e examine todos os bolsos. Vire de ponta cabeça e sacuda bem. O saco do desespero é dolorosamente vazio.

Não é um quadro muito bonito, é? Vamos ver se podemos clareá-lo mais. Já imaginamos as emoções de alguém perdido; acha que podemos fazer o mesmo com alguém resgatado? O que seria necessário para restaurar-lhe a esperança? O que você precisaria para reenergizar a sua jornada?

Embora as respostas sejam abundantes, três chegam rápido à mente.

A primeira seria uma pessoa. Não qualquer pessoa. Você não precisa de alguém igualmente confuso. Você precisa de alguém que conheça o caminho para fora. E dele você precisa de alguma visão. Você precisa de alguém que levante o seu ânimo. Você precisa de alguém que olhe nos seus olhos e diga: "Isto não é o fim. Não desista. Há um lugar melhor que este. E eu o conduzirei para lá".

E, talvez o mais importante, você precisa de direção.

Se você tem apenas uma pessoa, mas não uma visão renovada, tudo o que você tem é companhia. Se ele tem uma visão, mas não direção, você tem um sonhador por companhia. Porém se você tem uma pessoa com direção - que possa tirá-lo deste lugar para o lugar - ah, então você tem alguém que pode restaurar-lhe a esperança.

Ou, para usar as palavras de Davi, "Ele refrigera a minha alma".

Nosso Pastor é especialista em restaurar a esperança da alma. Seja você uma ovelha perdida na borda de um penhasco, ou um no atrapalhado, sozinho na selva espessa, tudo muda quando aparece o seu Salvador.

Sua solidão diminui, porque você tem companhia.

Seu desespero decresce, porque você tem visão.

Sua confusão começa a dissipar-se, porque você tem direção.

Note, por favor: você não deixou a selva. As árvores ainda eclipsam o céu, e os espinhos ainda arranham a pele. Os animais espreitam e os roedores correm. A selva ainda é uma selva. Ela não mudou, mas você sim. Você mudou porque você tem esperança. E você tem esperança porque encontrou alguém que pode guiá-lo para fora.

Seu Pastor sabe que você não foi feito para este lugar.

Então Ele veio a fim de conduzi-lo para fora.

Ele veio para refrigerar-lhe a alma. Ele é a pessoa perfeita para fazê-lo.

Ele tem a visão correta. Ele o lembra de que você é "como peregrinos e forasteiros neste mundo" (1 Pe 2.11).

E Ele insiste para que você levante os olhos da selva à sua volta para o céu de você."Não prossiga arrastando-se com os olhos no chão, absorvido com as coisas à sua frente. Olhe para cima, e esteja alerto às coisas à roda de Cristo... Veja as coisas da perspectiva dele (Cl 3.2, traduzido da MSG).

Davi disse o mesmo deste modo:"Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do senhor, que fez o céu e a terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite. O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre" (Sl 121.1-8).

Deus, o nosso libertador, tem a visão correta. Ele possui também a direção certa. Ele fez a mais audaciosa reivindicação da história do homem quando declarou: "Eu sou o caminho" (Jo 14.6). As pessoas se perguntam se a reivindicação é exata. Ele responde a indagação abrindo um caminho através da vegetação rasteira do pecado e da morte, e... escapando vivo. Ele é o único que já fez isto. E é o único que pode ajudar você e eu a fazermos o mesmo.

Ele tem a visão correta: Ele avistou a pátria. Ele possui a direção certa: Ele abriu o caminho. Porém, acima de tudo, Ele é a pessoa certa, porque Ele é o nosso Deus.

Quem melhor conhece a selva senão aquEle que a criou? E quem conhece as armadilhas do caminho melhor que aquEle que já o trilhou?

Conta-se a história de um homem num safari, na densa selva africana. O guia adiante dele possuía um facão e ia cortando a vegetação alta e espessa. O viajante, cansado e bravo, perguntou frustrado: "Onde estamos? Você sabe aonde está me levando? Cadê o caminho?" O experimentado guia parou, olhou para trás e respondeu: "Eu sou o caminho".

Indagamos a mesma coisa, não? Perguntamos para Deus:"Para onde estás me levando? Cadê o caminho?" E Ele, como o guia, não nos conta. Oh, Ele pode dar-nos uma sugestão ou duas, mas tudo. Se Ele o fizesse, entenderíamos?

Compreenderíamos situação? Não, assim como o viajante, somos alheios à selva. Então, em vez de dar-nos uma resposta, Jesus nos dá uma dádiva muito maior. Dá-nos a si mesmo.
Ele remove a selva? Não, a vegetação ainda é cerrada.

Ele elimina os predadores? Não, o perigo ainda espreita.

Jesus não dá esperança mudando a selva; Ele restaura nossa esperança dando-nos a si próprio. E Ele prometeu estar conosco até o fim. "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28.20).

Precisamos deste lembrete. Todos precisamos. Pois todos carecemos de esperança.

Alguns de vocês não precisam dela exatamente agora. Sua selva tornou-se uma campina, e sua viagem, um deleite. Se este é o seu caso, parabéns. Mas lembre-se: não sabemos o que o amanhã retém. Não sabemos aonde vai dar esta estrada. Você pode estar à curva de um cemitério, do leito de um hospital, de uma casa vazia. Você pode estar na curva da estrada para uma selva.

E embora você não necessite ter a sua esperança restaurada hoje, poderá necessitar amanhã. E você precisa saber para quem se voltar.

Ou talvez você precise hoje mesmo. Você sabe que não foi feito para este lugar. Você sabe que não está equipado. Você quer alguém que o tire daí.

Se assim é, chame por seu Pastor. Ele conhece a sua voz, e está apenas esperando por seu pedido.


Fonte: Livro - Aliviando a Bagagem de Max Lucado

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